Quase um mês depois do assalto ao presidente da Câmara Municipal de Santana de Mangueira, vereador Sebastião Salustiano de Sousa, a Polícia Civil ainda não conseguiu identificar os dois homens que praticaram o crime.
O assalto ocorreu por volta das 14h00m do dia 20 de novembro, quando o presidente da Câmara, juntamente com a tesoureira Edna Quintino Magalhães, retornava para Santana de Mangueira depois de sacar R$ 10.634,76 para o pagamento de quatro vereadores e de funcionários do legislativo. O restante dos vereadores, inclusive o próprio presidente, já tinha recebido através de cheques ou depósito em conta.
Além da quantia já referida, os elementos também levaram um cheque no valor de R$ 1.305,00 nominal ao assessor jurídico da Câmara. Ao passar pelo sítio Riacho do Porco, município de Ibiara, o pálio que conduzia o presidente da Câmara, a tesoureira e mais três pessoas, entre as quais o próprio dono do carro, que é locado à Câmara, foi interceptado a tiros por dois homens encapuzados e de capacete. “Eu pensei que eles iriam me assassinar, mas só queriam o dinheiro”, disse Salustiano em depoimento ao delegado regional Ivaldo Dias.
Todo o conteúdo do depoimento do vereador-presidente foi confirmado pelos demais ocupantes dos veículos. Os homens foram ameaçadores e atiraram várias vezes para o chão na tentativa de intimar as vítimas. “Um deles ficou com o revólver apontado para minha cabeça e o outro pegou o dinheiro, que estava com a tesoureira”, diz ele, ao descrever que um dos elementos é um homem moreno e mede aproximadamente 1,70m.
Após o assalto, os dois homens, que estavam a pé, ordenaram que o grupo seguisse sem olhar para trás e fugiu para o mato. A Polícia Militar de Conceição foi acionada , mas não obteve êxito.
O presidente da Câmara santanense também disse em seu depoimento que costumava, a cada dia 20, fazer o percurso entre Conceição e Santana de Mangueira. Em contato com a reportagem da Folha, o vereadorpresidente informou que os funcionários da Câmara não serão prejudicados. “Nós estamos pagando a todos os funcionários, mas, quanto aos vereadores, não será possível porque a Câmara já não tinha nenhuma responsabilidade no dinheiro deles, porque eles já haviam recebido e endossado os cheques, e foram eles que pediram a tesoureira para trocar esses cheques”, comenta.
Jornal Folha do Vale
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