segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Com três gols de Adriano, Flamengo troca amor pela raça e derrota o Fluminense


Depois de primeiro tempo sofrível, time muda placar de 3 a 1 para 5 a 3 e mantém 100% de aproveitamento na Taça Guanabara.
Não deu no amor, mas o Flamengo pegou emprestado o termo “guerreiros” do Fluminense e conseguiu o improvável neste domingo. Depois de ser massacrado no primeiro tempo, o time rubro-negro reagiu e, mesmo com um menos por 30 minutos, venceu por 5 a 3, no Maracanã.
A dupla Adriano e Vagner Love brilhou. O primeiro fez três gols, enquanto o artilheiro do amor marcou uma vez, mas foi fundamental na marcação. O resultado coloca o Rubro-Negro na liderança do Grupo A, com 12 pontos, três a mais do que o Flu.
Apesar do desfalque de última hora de Fred, o Fluminense teve um primeiro tempo avassalador e nocauteou o adversário. Parecia o prenúncio de uma goleada semelhante à do Vasco contra o Botafogo, no último fim de semana.
Sem mobilidade, o trio Pet, Love e Imperador foi facilmente anulado e sobrecarregou o meio-campo. Na defesa, Fierro sofreu com a velocidade de Maicon. Mas bastou o intervalo para Andrade corrigir os equívocos, e recolocar o Flamengo nos eixos.
O Fluminense volta a campo na próxima quinta-feira contra o Boavista, às 21h50m (de Brasília), no Maracanã. Um dia antes e no mesmo local, o Rubro-Negro recebe o Olaria.
A disposição das torcidas nas arquibancadas passou para o campo. O jogo começou em ritmo animado, mas sem chances de gol. O Flamengo teve mais posse de bola nos primeiros dez minutos, mas Petkovic e Kleberson tiveram dificuldades para municiar Adriano e Vagner Love. Foi só uma doce ilusão para a maioria rubro-negra no estádio.
Os buracos na defesa rubro-negra vistos nos treinos durante a semana se repetiram no jogo. Diguinho fez ótimo passe em profundidade para Alan, aos 14. O substituto de Fred correu nas costas de Álvaro, ajeitou o corpo e bateu firme, no canto direito de Bruno.
Sem saída pelos lados do campo, o Flamengo foi presa fácil para a marcação adversária. E a facilidade do Fluminense para dominar a partida empolgou a torcida. Antes dos 30 minutos, surgiram os gritos de “olé”. Alan recebeu de Maicon, nas costas de Fierro, e bateu cruzado, rente à trave.
A velocidade do Tricolor castigou um abobalhado campeão brasileiro. Diguinho, em grande noite, serviu novamente Alan. De novo, o centroavante girou e bateu com perigo.
Aos 40, Alan recebeu na área e Angelim o empurrou. Pênalti. Conca bateu no alto, sem chances para Bruno: 2 a 0, fora o baile.
Quando a goleada parecia questão de tempo, a infantilidade de Diguinho quase devolveu o Flamengo ao jogo. O volante deu um carrinho imprudente em Juan na área, aos 42. Outro pênalti. Desta vez, coube a Adriano bater. O Imperador bateu rasteiro, no canto esquerdo de Rafael, e diminuiu. Foi o gol de número 200 dele como profissional.
Mas a apatia vermelho e preta continuou. Aos 45, Cássio chutou forte e Bruno fez excepcional defesa. Na cobrança do escanteio, a zaga observou, Alan ajeitou e Cássio completou para o gol. O fim do primeiro, curiosamente, trouxe alívio para os rubro-negros, tamanha a superioridade do adversário.
Andrade fez duas alterações no segundo tempo: tirou Pet, que se arrastou em campo, e Fernando e colocou Willians e Vinícius Pacheco. Este último chutou de fora da área aos seis minutos e acertou o pé da trave. As mudanças transformaram o Flamengo e foi a vez de o Flu sofrer. Vagner Love aproveitou uma confusão na área e bateu de direita para diminuir, aos sete.
Um minuto depois, Vinícius Pacheco fez ótima jogada pela ponta direita e encontrou Kleberson na segunda trave. O penta apenas rolou para o gol e empatou.
Em meio à avalanche rubro-negra, Conca encontrou Alan no meio da defesa. O atacante chutou rasteiro, para fora. Álvaro fez falta em Maicon, no meio-campo, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, aos 17.
Com um a menos, Andrade tentou reorganizar a equipe e trocou Fierro por David. O ritmo alucinante do clássico diminuiu. O Fluminense teve mais posse de bola, mas, mesmo recuado, o rival incomodou em contragolpes. Em um deles, aos 37, Vagner Love fez ótima jogada desde o meio-campo, rolou para Vinícius Pacheco. O meia encontrou Adriano no meio da área, e o Imperador só empurrou para as redes. Virada incrível e frenesi nas arquibancadas.
E ainda teve mais. Aos 44, Adriano recebeu excelente lançamento de Vinícius Pacheco, avançou e tocou na saída do goleiro: 5 a 3 e noite épica no Maracanã.

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