sexta-feira, 26 de março de 2010

Chuva causa apagão em CG Cerca de 250 mil pessoas ficaram sem energia por 25 minutos


As chuvas que caíram no Compartimento da Borborema, na tarde de ontem, provocaram um apagão na rede elétrica, deixando as cidades de Campina Grande, Fagundes e Massaranduba, além do distrito campinense de Galante, sem energia. Em função dos fortes ventos, o Corpo de Bombeiros atendeu a chamados em vários pontos da cidade, em função da queda de árvores, mas a ocorrência mais grave foi no campus da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, em Bodocongó, onde uma árvore caiu sobre um veículo Monza pertencente a estudante de Química Industrial, Rayane Cardoso Leão.

Os fortes ventos causaram alguns prejuízos. Carro de estudante foi atingido por árvore no campus da UEPB Foto: Paizinha Lemos/UEPB/Divulgação

A professora Clesia Pachú é outra vítima. No momento da chuva, ela estava tentando estacionar seu carro na Rua Maciel Pinheiro, no Centro, quando parte do afasto cedeu, o carro ficou preso no buraco. O fato aconteceu em função das obras que estão sendo feitas para a colocação de fibra ótica na área central da cidade.

Com relação à interrupção no fornecimento de energia elétrica, a Energisa Borborema informou que ocorreu das 14h22 às 14h47 e atingiu os bairros do Catolé, José Pinheiro, Monte Castelo, Santo Antônio e no Centro de Campina Grande. Cerca de 250 mil pessoas ficaram às escuras, tendo o blecaute sido motivado por uma descarga atmosférica (raio), que atingiu a rede de baixa e média tensão da Energisa, nas imediações da Vila Castelo Branco, e também equipamentos da Chesf.

Boa parte da área central de Campina ficou sem energia, causando transtornos às pessoas que resolviam problemas em bancos, casas lotéricas e no comércio.

O Núcleo de Marketing, Comunicação e Cultura da Energisa comunicou que a empresa ainda não tinha recebido nenhuma reclamação de usuários por conta de queima de equipamentos eletroeletrônicos por conta da falta brusca de energia; no entanto, as pessoas que tiverem prejuízos poderão procurar a concessionária

A meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba - Aesa, Marle Bandeira, informou que as chuvas que começam a cair na região são previsíveis, levando em conta que é o início do período chuvoso no Agreste, Brejo e Litoral, que também registraram índices pluviométricos satisfatórios ontem.

Seca verde

Com relação às chuvas no Sertão, Cariri e Curimataú, quase 100% das plantações já morreram em vários municípios por falta das precipitações. Em Sousa, as lavouras plantadas em janeiro/fevereiro não suportaram a estiagem dos últimos dias. "Estou esperando que volte a chover para que possamos voltar a plantar", disse o agricultor Severino Antônio de Souza Andrade.

Em Taperoá, no Cariri paraibano, a situação não é diferente. Segundo Marcos Antônio de Araújo, responsável pela observação dos índices pluviométricos no município, a lavoura plantada no mês de janeiro está toda perdida.

Ele informou que nos meses de dezembro e janeiro foram registrados em torno de 150 milímetros; no entanto, a sequência de chuvas provocou grande prejuízo no campo. Nos últimos dias, choveu duas vezes na cidade: 33mm e 10mm. Na Zona Rural, os agricultores se preparam para plantar novamente, especialmente milho e feijão, caso volte a chover satisfatoriamente.

O secretário executivo estadual de Desenvolvimento Agropecuário, Ronaldo Torres Soares, informou ontem que a pasta tem conhecimento dos prejuízos por conta da falta de chuva no interior do estado; no entanto, não sabe mensurar as perdas registradas até o momento. No início de abril, em reunião com outros órgãos, a secretaria vai fazer uma avaliação dos levantamentos que estãos sendo feitos para saber da dimensão dos prejuízos.

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