EM SANTANA DE MANGUEIRA: Delegado pede preventiva de PM e agente de investigação

Menos de dez dias depois do assassinato de um casal que também deixou uma criança de três anos ferida, na cidade de Santana de Mangueira, no Sertão do Estado, a Polícia Civil paraibana acredita já ter identificado e concluído o inquérito que investiga os autores do duplo assassinato.

Para os integrantes do Grupo de Operações Especiais (GOE-PB), que comandam as apurações em torno do caso, não há mais dúvidas de que o crime foi praticado pelos dois policiais presos.

Na manhã de ontem, o delegado coordenador do GOE paraibano, Walber Virgolino, interrogou o segundo acusado de participação no crime, o policial militar José Alenio Leal Bezerra, que se apresentou à polícia e está detido no 3° Batalhão da cidade de Patos.

Ele, segundo o delegado, foi apontado por uma testemunha de 12 anos que estava na casa das vítimas no momento do crime como um dos autores do duplo homicídio, ao lado do agente de investigação da Polícia Civil Francisco Renato Pereira Júnior, que também está preso atendendo a um mandado da Justiça sertaneja.

"Quanto à autoria a gente não tem mais dúvidas. Os dois foram reconhecidos e as provas que estão nos autos todas conduzem à mesma conclusão. Os dois negam envolvimento, mas por outro lado não ofereceram obstáculos ao nosso trabalho. Agora nós vamos aprofundar ainda mais as investigações e trabalhar no sentido de identificar os mandantes do crime", observou Walber Virgolino.

O militar e o policial civil estão detidos temporariamente, mas a Polícia Civil já solicitou à Justiça a prisão preventiva dos acusados. O agricultor Carlos Batista Pereira, 51 anos, e Cícera Pereira da Silva, 49 anos, foram executados enquanto estavam em casa, rua Antônio de Sousa Mangueira.

As suspeitas da polícia são de que os autores do duplo assassinato tinham o objetivo de executar um filho do casal, que teria envolvimento com a morte de João Carnaúba Filho, 22 anos, assassinado na campanha eleitoral de 2008.

João Paulo Medeiros - JP