terça-feira, 25 de maio de 2010

Os caminhos de Efraim Morais


Efraim Morais: alternativas para se manter no trio oposicionista
Efraim Morais: alternativas para se manter no trio oposicionista



Politicamente, o senador Efraim Morais só tem duas formas de escapar do furacão que o envolveu nos últimos dias e enfrentar a disputa ao Senado Federal este ano.
 
Uma: se a imprensa nacional, a partir de hoje, não der mais uma linha sobre o assunto, esperando para eventual publicação apenas quando tudo acabar. Duas: se Efraim conseguisse apressar a apuração e, obviamente, garantisse dos órgãos investigadores o atestado de sua inocência no caso das funcionárias fantasmas. 
 
Nesta hipótese, poderia voltar até por cima.
 
O problema é que as duas hipóteses vão parecendo pouco prováveis, embora seja muito cedo para descartá-las por completo.
 
O problema, neste caso, está na época da divulgação do caso. É pré-campanha. É como o camarada que sente uma dor de barriga na hora do aquecimento para entrar em campo. Sentindo a dor dois dias antes, não tem problema. Mas na hora é bronca.
 
Lembre-se de 2006 quando estava em disputa a Sanguessua de Ney Suassuna e a Confraria de Cícero Lucena. Perdeu a Sanguessuga porque era um escândalo mais novo, estourado, exatamente, no mês de maio, antes da campanha.
 
Efraim, portanto, teria que torcer para que a imprensa nacional “esquecesse” o caso. Ou, então, cuidasse de acompanhar outra história. Renan Calheiros e, depois, José Sarney, na época da presidência do Senado, se beneficiaram com trégua da imprensa nacional porque tiveram sorte, cada um ao seu tempo, de terem outros fatos estourando na mídia, como a morte de Michael Jackson, por exemplo.
 
Efraim precisa que Michael morra novamente. Ou então que consiga pinçar dentro da investigação algo que lhe coloque totalmente ao lado do episódio. Solidariedade e apoio para isso ele tem recebido. Tanto do ex-prefeito Ricardo Coutinho (PSB) quanto da Direção Nacional do DEM.
 
Basta agora retribuir a solidariedade não decepcionando aliados.
 
 
Pensando bem
 
O curioso é ver o governo Maranhão se esforçando para tirar Efraim da chapa de Ricardo. O mesmo Efraim que o governo usava pra dizer que Ricardo estava sendo incoerente ao defender o “novo” ao lado de figuras políticas incompatíveis a história do socialista.
 
Não estaria a situação ajudando Ricardo a tornar a chapa “mais ideologicamente” compatível com o PSB, abrindo espaço para o PT, por exemplo?

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