Processo natural porque Ricardo é o segundo colocado na disputa ao governo. E, sem a polarização dos dois principais candidatos ao governo, o debate tende a valorizar a participação de Lourdes Sarmento (PCO), Nelson Júnior (PSOL), Marcelino Rodrigues (PSTU) e Chico Oliveira (PCB).
Candidatos de pouco respaldo eleitoral e poucas propostas. Em quantidade mesmo, os nanicos tem apenas críticas, denúncias e ataques. E, como era de se esperar, elegeram Ricardo Coutinho pra Cristo.
Foi chicotada do começo ao fim. Na maioria das vezes, esqueciam o governador José Maranhão e quase cheiravam a laranjas. Mas não são. Quando dirigiam críticas simultâneas ao governo e à prefeitura de João Pessoa, no entanto, direcionavam o tema para Ricardo, simplesmente porque era o único criticado que estava ali.
O ex-prefeito até que se saiu bem frente ao ataque coletivo. Mostrou certo preparo ao defender-se com alguns dados e, vez por outra, dizia um “concordo com você” para o nanico, num forma de confundir o interlocutor.
Mas teve que responder sozinho sobre acusações de compra de merendas escolares em empresas de fora, contratação de prestadores de serviço, construção de casas sem infra-estrutura.
Maranhão foi atacado sim no debate da TV Borborema. Mas a ausência tira do ataque o que ele tem de melhor: o embaraço do atacado.
Ricardo Coutinho vai ter que enfrentar os nanicos sozinho até o final da eleição. Afinal, não deve e nem pode se esquivar de debates. Privilégio apenas do governador.
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