A agência espacial russa, a Roscosmos, começou a contagem regressiva para a colisão com a Terra da estação interplanetária Fobos-Grunt, que não conseguiu atingir a órbita com destino a uma das luas de Marte.
- Segundo os dados que temos e os prognósticos dos especialistas, o prazo de queda da nave oscila entre 10 e 21 de janeiro, com o dia 15 como a data mais provável.
Quanto ao local da colisão da sonda, que ficou à deriva em torno da Terra desde o dia 8 de novembro, a Roscosmos é mais cautelosa e afirmou que isso não poderá ser previsto até 24 horas antes da entrada na atmosfera.
Neste momento, o raio de queda da sonda - 51,4 graus de latitude norte e 51,4 graus de latitude sul - abrange de Londres até á América do Sul.
A superfície da Terra será atingida apenas por cerca de 20 a 30 fragmentos da nave, com uma massa conjunta que não ultrapassará 200 kg.
O resto da sonda será desintegrado ao entrar em contato com a atmosfera, da mesma forma que o combustível que leva a Fobos-Grunt, que será queimado a cerca de 100 km de altura.
O Centro Geral de Reconhecimento Espacial do Ministério da Defesa russo, que determinou com precisão a data e o local da queda do UARS e do ROSAT, vigia os parâmetros da órbita da estação ininterruptamente.
Imagens da queda da Fobos-Grunt foram captadas nesta semana pelo astrônomo francês Thierry Legault, na altura de Nice, no litoral mediterrâneo da França.
A Fobos-Grunt pretendia ser a primeira nave espacial a pousar na superfície de Fobos, uma das duas luas do "planeta vermelho", para estudar a matéria inicial do Sistema Solar.
Lisov explicou que entre a desintegração da União Soviética, em 1991, e 2007 o programa espacial russo "teve um financiamento estatal abaixo do mínimo de subsistência" e que o recente aumento do investimento não será notado na qualidade do trabalho em menos de cinco anos.
- O envelhecimento dos especialistas, o estado obsoleto dos equipamentos, a paralisação da produção de alguns componentes e materiais e a interrupção do trabalho em certos campos da cosmonáutica também se somam a essa situação.
Devido aos baixos salários, a grande maioria dos especialistas da indústria espacial russa tem mais de 60 anos ou menos de 30, o que põe em risco o futuro do setor.
Fonte: R7 com Agência Efe
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