A Direção dos Diários Associados decidiu fechar definitivamente, a partir desta quarta-feira (1º), o centenário Jornal O Norte, o mais antigo de João Pessoa, e o Diário da Borborema (Campina Grande). O fechamento não atinge a rádio e a TV Clube [que renovou contrato com a Band até 2017), que continuam funcionando normalmente.
Os dois jornais foram tempos atrás os mais lidos da Paraíba e, como bem lembra Tião Lucena, começaram a definhar depois da queda de Marcone Góes e da chegada dos gringos de Pernambuco com demissão de vários jornalistas paraibanos. Logo depois, deminuiram o tamanho dos períodicos, transformando-os em tablóides. Desde o início da manhã de hoje nem o Portal O Norte Online estava mais no ar.
HistóriaOs Diários Associados, também conhecidos como Condomínio Acionário dos Diários e Emissoras Associados, ou simplesmente D.A, são o sexto maior conglomerado de empresas de mídia do Brasil. A corporação já foi a maior da história da imprensa no Brasil, fundada pelo Assis Chateaubriand ou Chatô, nascido Umbuzeiro, foi um dos homens públicos mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 e 1960.
O Jornal O Norte foi fundado pelos irmãos Oscar Soares e Orris Eugênio Soares em João Pessoa, no dia 7 de maio de 1908. Na época, a capital paraibana se chamava Parahyba. O Jornal o Norte foi criado dentro de padrões jornalísticos modernos para aquela época, com ótima qualidade gráfica e textual, revolucionando a imprensa da Paraíba naquele ano.
Seu lançamento fora mostrado até pelo rival direto, o jornal "A União", que hoje é o jornal mais antigo ainda em circulação no estado da Paraíba. Foi impresso em seu início em apenas quatro páginas e diagramado em sete colunas de texto.
Nos primeiros anos o jornal publicava reportagens, editoriais e colunas sociais. Circulava em seu inicio como independente de vínculos e disputas políticas, mas por volta de 1915, motivado por dificuldades financeiras, o jornal passa a se envolver em brigas políticas nacionais, dando apoio explícito à candidatura do paraibano Epitácio Pessoa à Presidência da República, que assumiu o cargo em 20 de julho de 1919. Entre esses 1915 a 1919, o jornal foi considerado o "órgão oficial" do epitacismo. O jornal chegou a criar intensa rivalidade com o "Diário do Estado", que era favorável a Walfredo Leal e contrário a Epitácio Pessoa.
O Diário da Borborema teve sua primeira edição publicada em 2 de outubro de 1957 e contou com seis cadernos. A tiragem inaugural foi impressa em 15 minutos, imediatamente após o corte da fita inaugural promovido pelas autoridades locais da época, como o prefeito Elpídio de Almeida e do Bispo Dom Otávio Aguiar, em sua antiga sede localizada na Rua Venâncio Neiva.
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