Estiagem na PB: Alerta para uso da água
Regar o jardim à noite, não utilizar mangueira para lavar veículos e calçadas, verificar as instalações hidráulicas da residência e fechar a torneira enquanto se lava frutas, verduras e pratos são medidas que podem não apenas reduzir o valor na conta de água, mas também o desperdício. Ou seja, além de poupar o orçamento, o combate ao desperdício é um dos fatores mais importantes para que em época de estiagem, como a que a Paraíba enfrenta, o abastecimento não seja prejudicado.
Por causa do uso desenfreado da água, a Cagepa (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba) tem redobrado a atenção acerca das ocorrências e fiscalização em residências que ainda não têm ligação de água concluída. De acordo com Ronaldo Meneses, engenheiro da empresa, o número de atendimentos referentes à manutenção da rede tem superado os 100 por mês, enquanto que segundo o último levantamento da empresa em 2011, cerca de 13 mil residências em Campina Grande ainda não têm água encanada.
Segundo o engenheiro, a seca poderá ser mais agressiva se a população não deixar de gastar água sem a preocupação de que ela poderá acabar em breve. “Desde 1998, data da última grande estiagem, a região da Borborema não sofreu muito porque Boqueirão não tinha a demanda que tem hoje. Antes, o açude atendia Campina Grande e mais algumas cidades. Agora são dezenas de municípios, por isso a população deve ficar em alerta contra o desperdício de água”, disse.
Outra preocupação da Cagepa é com a instalação de ligações clandestinas. Sem saber precisar quantos 'gatos' já foram desativados este ano nas 66 cidades atendidas, o engenheiro ressaltou a importância da população no combate a essa prática, já que a partir das denúncias a empresa está buscando agir cada vez mais rápido.
“Temos conseguido melhorar a rapidez no atendimento. Há uma abrangência muito grande e por isso precisamos da colaboração da população. Se alguém descobrir uma ligação clandestina, ou flagrar um cano estourado, ligue o mais rápido possível para que possamos evitar que a água seja desperdiçada”, acrescentou Ronaldo Meneses.
JP
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