Trabalhar sem receber um tostão. Essa é a proposta da PEC 35/2012, de autoria do senador de Goiás, Cyro Miranda (PSDB), cujo objetivo é acabar com os salários dos parlamentares municipais das cidades brasileiras com até 50 mil habitantes e limitar a remuneração para os demais.
A PEC polêmica ganhou a simpatia do vereador Adaildo Dantas (PR), do município de São Bento, que revelou concordar, em parte, com a proposta.
Para justificar a posição, o parlamentar argumentou que sem salário, o vereador poderia exercer o seu verdadeiro papel de legislador, apresentando projetos de interesse coletivo, fiscalizando o executivo, fugindo do fisiologismo político e, dessa maneira, poderia haver um parlamento municipal mais selecionado, uma vez que só pleitearia uma vaga nas Câmaras Municipais aqueles que quisessem, na verdade, representar o povo, ao invés de usarem o mandato com barganha política apenas.
Outra idéia defendida por Adaildo é de que a PEC atingisse não somente parlamentares mirins, mas que fosse ampliada do Poder Legislativo Municipal ao Senado da República.
Já o vereador Josué Júnior (PR), disse que poderia concordar com a proposta, desde que houvesse uma verba para cobrir as despesas básicas do parlamentar.
Outra que está de acordo com a proposta é a vereadora do município de Lucena, na PB, Josefa dos Santos Silva (Lica) do PSB. Ela lembrou que em outras épocas o parlamentar municipal não recebia salário pelo trabalho que exercia e que isso deveria voltar a acontecer.
“Se a PEC for aprovada, eu quero ver quem é que vai brigar para ser vereador. Eu topo, porque não dependo desse salário para viver, mas quero ver quem é que quer trabalhar como eu, sem salário”, desafiou a socialista.
O subsídio de um parlamentar em Lucena é de R$ 2.730 mil, segundo informou a vereadora. Lica disse que não fica com nada do que recebe. “O que eu ganho é para ajudar o povo. Meu salário vai todo para o povo, porque eu amo ajudar as pessoas”, revelou.
Leomarque pereira
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