
Quem mais ajuda a divulgar e dar tamanho aos encontrões da oposição é o esquema do governador José Maranhão. No lugar de ignorar, o esquema maranhista dá cartaz. Resultado: os encontrões criam uma expectativa maior do que a oposição, sozinha, conseguiria provocar.
Ações na Justiça, críticas, denúncias. Tudo contribui para acentuar algo que ficaria restrito ao mundo oposicionista.
É o governo com o poderoso exército midiático que possui que, ao travar, por exemplo, discussão sobre a quantidade de prefeitos presentes no primeiro encontrão chamou a atenção dos que passaram despercebidos.
É o governo que, ao estimular partidos pequenos como o PSDC a entrarem com ações na Justiça, sinalizam para o medo dos efeitos dos eventos oposicionistas.
O governo faz e não se apercebe que só tem dado aos encontrões aquilo que a oposição quer: atenção. É o governo que diz ao povo paraibano quando usa a mídia que tem para criticá-lo: “Paraibanos, acordem, a oposição na Paraíba está se mexendo!”.
A preocupação por parte dos governistas em conter os encontrões se traduz na consciência de que esses eventos são fundamentais para marcar posição. Ninguém critica o que não existe nem quer barrar o que não influi.
À oposição, claro, cabe a responsabilidade, como já disse, de não permitir que os encontrões desrespeitem a legislação eleitora e fiquem vazios de conteúdo.
Ao governo, no entanto, caberiam todos os papéis. Menos este de divulgador oficial dos encontrões. Missão que tem sido cumprida com extrema eficiência.
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