quarta-feira, 2 de junho de 2010

O amistoso serviu para alguma coisa?








Partidas amistosas como as desta quarta-feira costumam ser classificadas de inúteis por muita gente que acompanha a seleção. Mas a realização desses jogos contra seleções frágeis traz algumas inegáveis vantagens.  No caso da programação que antecede a estreia na Copa, no dia 15, chama atenção a colocação dos nossos adversários no ranking da Fifa.
O Zimbábue está na posição 110. A Tanzânia, o rival do próximo jogo desta semana, está dois postos acima, na colocação 108. Apenas três posições adiante está justamente a Coreia do Norte, nossa primeira adversária no Mundial. São escolas diferentes, é claro. Mas os dois jogos contra as seleções africanas servem não só para dar ritmo ao time como também para ensaiar a estratégia contra seleções que têm características em comum – a velocidade, o jogo físico e a intensidade de seus jogadores, usada para compensar a óbvia falta de intimidade com a bola.
No amistoso de Harare, o Brasil chegou a levar alguns sustos, principalmente nas roubadas de bola pelo adversário na intermediária. Nessas situações, a zaga ficou exposta e teve de enfrentar jogadores rápidos e fortes (ainda que tecnicamente ruins). Pode acontecer de novo contra a Coreia do Norte. Pior: pode acontecer também no segundo jogo, contra a também africana Costa do Marfim. No caso dos marfinenses, porém, a história é outra – se a bola for roubada na frente da área brasileira, provavelmente chegará aos pés de Drogba, um dos atacantes mais perigosos da Copa. O teste desta quarta, portanto, teve seu valor. Quando o jogo for para valer, espera-se que as lições já estejam aprendidas.
(Por Giancarlo Lepiani, de Harare)

Nenhum comentário:

Postar um comentário