"Já vou embora, mas sei que vou voltar". Foi citando a música Canção da Despedida, de Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré, e debaixo de uma salva de palmas ensurdecedora, que o agora ex-prefeito Ricardo Coutinho (PSB) renunciou à Prefeitura de João Pessoa.
Em solenidade na noite desta quarta-feira (31), na Estação Cabo Branco, ele deixou o cargo que ocupou nos últimos cinco anos e três meses prometendo ser eleito governador nas eleições estaduais de outubro. Em seu lugar já foi empossado o então vice-prefeito Luciano Agra (PSB), que agora ocupa a titularidade do posto.
Em um longo discurso, ele citou uma série de obras realizadas ao longo deste período e disse que "agora volta a ser um cidadão comum", sem que precisasse passar por "máculas morais ou atropelos administrativos". Segundo Ricardo, o administrador sai, mas fica um legado de desenvolvimento social, econômico, urbano, ambiental, cultural e político. "O poder é efêmero, a construção da cidade não", destacou.
Citando alguns números, Ricardo disse que entregou neste período de governo 1.336 novas unidades residenciais, criou quatro mil novas vagas nas escolas, construiu 23 ginásios esportivos e 10 CREIs. Ele lembrou ainda da própria construção da Estação Cabo Branco e disse que fez concurso público para 991 professores.
Na área da saúde, o agora ex-prefeito pessoense disse que a cobertura do PSF aumentou 39% neste período, que os atendimentos de média e alta complexidade deram um salto sem precedentes e que o número de leitos em UTI saiu dos 79 em 2005 para os 145 atuais.Ricardo Coutinho fez ainda uma detalhada "prestação de contas" sobre os seus anos de governo municipal, sempre sendo interrompido com as palmas das autoridades e dos convidados que lotaram oauditório da Estação.
Fazendo referênias ao seu sucessor e colega de partido Luciano Agra, Ricardo disse que deixa a Prefeitura de João Pessoa em "mãos hábeis e íntegras", de quem saberá dar continuidade ao desenvolvimento da cidade.E em pelo menos um momento de seu discurso, mesmo que não tenha citado o seu nome, Ricardo deu uma cutucada no governador José Maranhão (PMDB), seu principal adversário nas eleições estaduais que se aproximam.
Ao se referir com o trato aos profissionais da educação, ele disse que não entendia como alguns gestores permitiam que uma greve de professores demorasse tanto.O recado tinha endereço certo, já que os professores estaduais estão em greve desde 1° de março e o fim da paralisação parece não ter um prazo previsto para acontecer.
Tal como o início de seu discurso, Ricardo Coutinho fez no final referências sobre a sua participação no próximo pleito. "O amanhã é um girassol esperando a luz das nossas mãos. Até a vitória companheiros", concluiu, já falando na condição de ex-prefeito e agora de pré-candidato ao Governo da Paraíba.
paraiba1
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