terça-feira, 25 de maio de 2010

O tal do compromisso com Cássio


O ex-governador Cássio Cunha Lima não tem encontrado problemas para 
conquistar votos e apoio para sua candidatura ao Senado Federal. Em algumas cidades, o tucano chega a ter o apoio para senador das três forças municipais, como em Uiraúna, por exemplo.  
 
Seja entre os dissidentes do PSDB ou entre siglas coligadas com Maranhão, a exemplo do PTB, Cássio reúne o voto da maioria dos agentes políticos em cena. A possibilidade de se votar em dois senadores facilita essa conquista.
 
A solução neste é caso o grande problema. A classe política tem fechado compromisso como Cássio para o Senado. E pronto. Acha que com isso basta, ficando livre para votar no candidato ao governo que desejar e, especialmente, no outro senador.
 
Dão o “voto do coração” ao ex-governador e o “voto do bolso” ou o "ideológico" a Maranhão. Tem sido assim do senador Cícero Lucena ao vereador Marcus Vinícius, do PTB de Armando Abílio ao PDT de Damião Feliciano.  
 
O que impõe a Cássio uma sinuca de bico. Como estender esse compromisso ao ex-prefeito Ricardo Coutinho, que, durante a campanha, vai precisar desses votos que são hoje apenas do tucano para o Senado.
 
Cássio pode negar voto de senador de um eleitor de Maranhão?
 
O vai ter a coragem suicida de dizer: Se não votar em Ricardo não precisa votar em mim?
 
O tal do “compromisso só com Cássio” pode criar um abismo entre a campanha do tucano e a de Ricardo. Maranhão é tão consciente disso que não tem estimulado o fim do voto em Cássio.
 
Quanto fecha acordos chega a dizer: “Não queremos saber quem você apóia para senador...”
 
 
Luís Tôrres

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