A inclusão de milhares de famílias paraibanas no mercado de consumo não apenas expandiu vendas no comércio varejista de forma mais intensa nos últimos cinco anos, mas também trouxe uma preocupação para entidades de classes e órgãos de defesa do consumidor: o descontrole com as finanças desses novos consumidores e o crescimento da inadimplência. A Pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (Ifep) constatou em maio deste ano que a falta de planejamento nos gastos domésticos (54,55%) é o principal motivo pelas contas em atraso dos consumidores da Grande João Pessoa.
A reedição da publicação do ‘Guia Serasa de Orientação ao Cidadão - Saiba como evitar a inadimplência e garantir o seu futuro’ pela Serasa Experian é mais uma contribuição das entidades que avaliam o crédito do mercado e pretende contribuir para que os consumidores tenham condições de melhor administrar seu dinheiro dentro do orçamento, fazer negócios e compras com mais segurança e informações e prevenir-se da inadimplência diante de uma carência de formação de consumidores mais conscientes do consumo. O guia pode ser consultado no site www.serasaexperian.com.br/guia.
“O desejo da Serasa é que todas as camadas socioeconômicas possam tirar proveito das informações, pois a inadimplência não interessa a ninguém. É uma das principais formadoras de taxas de juros aos consumidores, e desestimula o crescimento dos negócios. Se quisermos crédito mais barato para todos os consumidores é essencial que a inadimplência caia”, afirma na apresentação do Guia o presidente da Serasa, Elcio Anibal de Lucca.
O Guia traz dicas e uma série de testes para medir a educação financeira que inclui temas que vão desde a construção de uma relação saudável com o dinheiro, passando por saídas para os endividados, mas mantém o foco central na temática ainda carente do país: a educação financeira para as futuras gerações.
Numa linguagem descontraída, o Guia orienta os consumidores contarem até dez para comprar. “O primeiro passo, ensinam os consultores, é contar até dez (ou até 20 se for preciso) antes de comprar um bem e, durante esses poucos segundos, questionar: Isso é uma prioridade para mim? Será que estou comprando isso só para satisfazer a minha vaidade e deixar alguém com inveja ou por que preciso?”, indaga a cartilha que aponta que as placas de promoção das lojas como uma das armadilhas de gastos desnecessários que minam uma possível poupança. É a chamada compra de impulso, quando o consumidor não consegue pensar antes de efetuar a compra.
Na última quinta-feira, 1º de julho, o plano de estabilidade econômica denominado de Plano Real completou 16 anos. De uma cultura hiper inflacionária até a metade da década 90, os consumidores do país começaram a conviver com taxas de inflação reduzidas, porém, o crédito manteve-se caro para financiar o sonho de consumos das 625,3 mil famílias urbanas paraibanas das classes C, D e E (80% do total) que ganharam nos últimos cinco anos potencial de consumo e neste ano já concentram quase metade dos gastos no Estado.
Para o coordenador do Procon de João Pessoa, Watteau Rodrigues, o interesse de entidades como a Serasa com a inadimplência é uma novidade no setor, principalmente para as classes sociais de baixa renda que ganharam poder aquisitivo e passaram a comprar bens duráveis no longo prazo sem orientação adequada. “A conquista da estabilidade econômica trouxe a redução da inflação a patamares de primeiro mundo, mas o crédito para financiar esse consumo em nosso país é também um dos mais altos do mundo e as principais vítimas são os novos consumidores que ganharam poder de compra recente. Sabemos que o endividamento é um fato inerente à sociedade de consumo, mas já estamos criando gastos desenfreado e o uso do crédito acima da capacidade de honrar os compromissos, o chamado superendivamento. Ele acontece quando os consumidores começam a comprometer a sua renda acima da capacidade de pagamento em diversas modalidades de crédito que se tornou abundante. Começa no crediário, segue para o cheque especial, avança no cartão de crédito e finda em dívidas quase impagáveis”, esclarece Watteau, que vai criar no próximo semestre, no Procon Municipal, uma Câmara especial para combater o superendivadamento dos pessoenses.
A classe média emergente chamada de classe C, praticamente dobrou no período de 2005-2010, passando de 219,5 mil famílias para 429,3 mil. Para o consultor de finanças pessoais, Erasmo Vieira, a mesma velocidade que trouxe a migração de 210 mil famílias paraibanas para a classe C nos últimos cinco anos pode provocar retrocessos na vida econômica dessas famílias, caso a sede de consumo não esteja adequada à renda. “O grande perigo é que as pessoas estão comprando pela prestação. Se a prestação parece caber no orçamento as pessoas compram. E esquece que se compra uma geladeira e paga-se duas, compra-se um imóvel e paga-se três. Esta é a penalização da compra sem dinheiro. Paga-se juros e juros estão como “cupim” comendo o orçamento de muitas pessoas”, declara.
A reedição da publicação do ‘Guia Serasa de Orientação ao Cidadão - Saiba como evitar a inadimplência e garantir o seu futuro’ pela Serasa Experian é mais uma contribuição das entidades que avaliam o crédito do mercado e pretende contribuir para que os consumidores tenham condições de melhor administrar seu dinheiro dentro do orçamento, fazer negócios e compras com mais segurança e informações e prevenir-se da inadimplência diante de uma carência de formação de consumidores mais conscientes do consumo. O guia pode ser consultado no site www.serasaexperian.com.br/guia.
“O desejo da Serasa é que todas as camadas socioeconômicas possam tirar proveito das informações, pois a inadimplência não interessa a ninguém. É uma das principais formadoras de taxas de juros aos consumidores, e desestimula o crescimento dos negócios. Se quisermos crédito mais barato para todos os consumidores é essencial que a inadimplência caia”, afirma na apresentação do Guia o presidente da Serasa, Elcio Anibal de Lucca.
O Guia traz dicas e uma série de testes para medir a educação financeira que inclui temas que vão desde a construção de uma relação saudável com o dinheiro, passando por saídas para os endividados, mas mantém o foco central na temática ainda carente do país: a educação financeira para as futuras gerações.
Numa linguagem descontraída, o Guia orienta os consumidores contarem até dez para comprar. “O primeiro passo, ensinam os consultores, é contar até dez (ou até 20 se for preciso) antes de comprar um bem e, durante esses poucos segundos, questionar: Isso é uma prioridade para mim? Será que estou comprando isso só para satisfazer a minha vaidade e deixar alguém com inveja ou por que preciso?”, indaga a cartilha que aponta que as placas de promoção das lojas como uma das armadilhas de gastos desnecessários que minam uma possível poupança. É a chamada compra de impulso, quando o consumidor não consegue pensar antes de efetuar a compra.
Na última quinta-feira, 1º de julho, o plano de estabilidade econômica denominado de Plano Real completou 16 anos. De uma cultura hiper inflacionária até a metade da década 90, os consumidores do país começaram a conviver com taxas de inflação reduzidas, porém, o crédito manteve-se caro para financiar o sonho de consumos das 625,3 mil famílias urbanas paraibanas das classes C, D e E (80% do total) que ganharam nos últimos cinco anos potencial de consumo e neste ano já concentram quase metade dos gastos no Estado.
Para o coordenador do Procon de João Pessoa, Watteau Rodrigues, o interesse de entidades como a Serasa com a inadimplência é uma novidade no setor, principalmente para as classes sociais de baixa renda que ganharam poder aquisitivo e passaram a comprar bens duráveis no longo prazo sem orientação adequada. “A conquista da estabilidade econômica trouxe a redução da inflação a patamares de primeiro mundo, mas o crédito para financiar esse consumo em nosso país é também um dos mais altos do mundo e as principais vítimas são os novos consumidores que ganharam poder de compra recente. Sabemos que o endividamento é um fato inerente à sociedade de consumo, mas já estamos criando gastos desenfreado e o uso do crédito acima da capacidade de honrar os compromissos, o chamado superendivamento. Ele acontece quando os consumidores começam a comprometer a sua renda acima da capacidade de pagamento em diversas modalidades de crédito que se tornou abundante. Começa no crediário, segue para o cheque especial, avança no cartão de crédito e finda em dívidas quase impagáveis”, esclarece Watteau, que vai criar no próximo semestre, no Procon Municipal, uma Câmara especial para combater o superendivadamento dos pessoenses.
A classe média emergente chamada de classe C, praticamente dobrou no período de 2005-2010, passando de 219,5 mil famílias para 429,3 mil. Para o consultor de finanças pessoais, Erasmo Vieira, a mesma velocidade que trouxe a migração de 210 mil famílias paraibanas para a classe C nos últimos cinco anos pode provocar retrocessos na vida econômica dessas famílias, caso a sede de consumo não esteja adequada à renda. “O grande perigo é que as pessoas estão comprando pela prestação. Se a prestação parece caber no orçamento as pessoas compram. E esquece que se compra uma geladeira e paga-se duas, compra-se um imóvel e paga-se três. Esta é a penalização da compra sem dinheiro. Paga-se juros e juros estão como “cupim” comendo o orçamento de muitas pessoas”, declara.
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