A história se enquadraria perfeitamente num roteiro de filme sobre máfias. Tem corrupção, denúncia, ameaça, briga de família e, claro, muita sujeira embaixo do tapete.
O diretor-personagem, ou diretor-presidente, seria Alfredo Nogueira, que dirige a Cagepa no governo Maranhão III, seria o protagonista.
Com um arsenal de denúncias de fazer inveja a qualquer promotor de Justiça, Nogueira tem hoje o poder de inundar o governo do Estado de escândalos que não seriam explicados nas próximas três gerações.
Tudo estava “em casa” enquanto Alfredo Nogueira tinha o cargo de “genro” da filha do governador José Maranhão com a desembargadora Fátima Bezerra. Com o final do casamento da jovem com o filho de Nogueira, o que aconteceu no início do processo eleitoral, a coisa começou a desandar.
Além do mau serviço prestado pela Companhia, que se transformou a Cagepa numa especialista em garantir a falta de água, a gestão de Nogueira foi pautada por denúncias. Até o procurador geral jurídico, num ato de Capitão Nascimento, pediu pra sair.
Nogueira foi bombardeado por causa de licitação que obrigaria a Cagepa a pagar R$ 1,17 milhão por mês a uma só empresa por serviços de esgotamento em Patos. E foi bombardeado por ignorar a defesa num processo que obrigava a Cagepa a pagar R$ 7 milhões numa ação de quase 20 anos.
Agora, resolveu virar a mesa. Resolveu confrontar José Maranhão, com quem, segundo informações, nem fala mais. Denunciou irregularidades em licitação do PAC e a existência de marajás dentro da Cagepa, além de roubo de canos e outras coisas.
Do arsenal que sacou tais denúncias, tem muito mais. Somente isso explica porque Maranhão mantém uma figura considerada incompetente por gente do próprio governo num cargo como a Cagepa.
Alfredo Nogueira tem o privilégio – ou desprazer – de saber demais. Se ele realmente resolver abrir a boca, muitos aliados do governo Maranhão III e, especialmente, o próprio governador terão problemas para passar num detector de metais.
Tô mentindo?
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