Petista, o deputado estadual Anísio Maia foi implacável, nesta quarta-feira, 3, com a presidente da República, do seu partido. Para ele, as medidas anuciadas por Dilma Rousseff, na recente reunião com governadores nordestinos, para amenizar os efeitos da maior seca dos últimos 50 anos não passam de esmolas. “Era melhor que a reunião tivesse ocorrido em primeiro de abril. É mentira que esse povo queira resolver o problema da seca. O que foi anunciado é simples paliativo, repetindo o modo como os coronéis lidavam com a seca. Antigamente, se distribuia farinha, e agora é bolsa estiagem. Falta obra estruturante”, disse Anísio.
A presidenta Dilma que as novas medidas para o enfrentamento da seca, somadas às ações emergenciais adotadas desde o início da estiagem, devem atingir R$ 9 bilhões. O pacote de ações inclui o repasse de recursos fundo a fundo para agilizar e desburocratizar projetos e obras para a superação da pior seca dos últimos 40 anos.
Entre as ações anunciadas destacam-se a ampliação em 30% do número de carros-pipa, que chegará a 6.170 veículos; a entrega de 410 mil cisternas até o final do ano e 27 mil cisternas de produção; e a prorrogação em 10 anos do pagamento das dívidas dos produtores do semiárido firmados com o Banco do Nordeste.
O governador Ricardo Coutinho elogiou as medidas e destacou que o repasse fundo a fundo vai agilizar a liberação dos recursos para construção de poços, cisternas ou adutoras e outras medidas contra a seca. “Qualquer governador ou prefeito sabe o quão é difícil apresentar cada um plano de trabalho para cada poço. Na situação em que vivenciamos, as ações têm que ser realizadas urgentemente, pois a situação para quem vive nas cidades, seja no semiárido, zona da mata e Brejo, é muito dura. Esse dinheiro vai fazer diferença na hora de socorrer os paraibanos atingidos pela seca e preservar a pecuária, a agricultura e o setor sucroalcooleiro”, afirmou.
E ressaltou: “Se o gestor aplicar os recursos de forma equivocada, que seja fiscalizado e punido pelo TCE e órgão de controle. O que não pode é um ministério ou órgão passar meses analisando um projeto, enquanto a população luta por acesso à água e os municípios contabilizam prejuízos em suas economias”.
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