segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O Dia do Botafogo e os gols dentro e fora do campo



Quem esteve no Almeidão na tarde deste sábado, 3 de novembro de 2013, pode se considerar um paraibano especial, acima dos mortais. Tornou-se assim ao dividir, num dia que vai ficar marcado para sempre no futebol paraibano, a alegria contagiante que tomou conta do Almeidão quando o apito do juiz, num silvo firme e único, disse de uma só vez que o Botafogo da Paraíba poderia erguer a taça de campeão brasileiro da Série D.
O importante é que não se tratou de um golpe de sorte, um milagre. O Botafogo, que já havia comemorado em 2012 o título do Campeonato Paraibano, vinha de uma campanha indiscutível no brasileirão, com dez vitórias, 26 gols, e moral pra vencer. Foi campeão porque merecia e sua torcida, que deu um exemplo de civilidade, num país em que, infelizmente algumas torcidas organizadas ainda atuam como organizações criminosas, sabia que estava diante de uma equipe campeã.
O futebol paraibano, que já havia conquistado recentemente a Copa Nordeste com o Campinense, vive um momento em que as últimas gerações nunca tinha vivido.
Fora do mundo esportivo, no campo administrativo, é preciso destacar que é fruto sim do investimento e aposta feita pelo prefeito Luciano Cartaxo (PT), botafoguense de carteirinha, que é aceito e respeitado pela torcida do Belo.
Mas o coração do botafoguense sabe bater também para quem investe na casa do time. Em processo de reforma tocada pelo governo do Estado, o Almeidão, que já recebeu gramado de Copa do Mundo, agora, mais do que nunca, se tornou um santuário para o Botafogo. Por causa disso, o governador Ricardo Coutinho, outro torcedor do Belo, pôde transitar por esta tarde como se fosse, assim como Cartaxo, um jogador a mais no gramado.
Aliás, diz-se que Ricardo conseguiu dar um “drible” em Cartaxo ao se reunir com a diretoria do Botafogo antes do jogo na Granja Santana, recebendo ainda o representante da CBF, Manoel Messias, e a presidente da Federação Paraibana de Futebol, Rosilene Gomes. Resultado: foi chamado para entregar as medalhas e, especialmente, a Taça de Campeão, uma cena que ficará marcada para sempre no coração dos torcedores.
Mas para o botafoguense não importam os movimentos políticos. Eles abraçam e amam todos que apostam e investem no esporte. O que interessa é a consciência de que se o Brasil é o país do futebol a Paraíba que compõe a federação não pode ficar de fora.
Que este título estimule isso.
Viva o Belo!

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